Caso Kiss

Peritos depõem sobre necropsias nas vítimas do incêndio na boate Kiss

Lizie Antonello

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Dois médicos legistas e a médica coordenadora do Instituto-Geral de Perícias em Santa Maria prestaram esclarecimentos no caso da boate Kiss na Justiça Estadual na tarde desta terça-feira.

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Esta foi a primeira audiência para ouvir os peritos que fizeram as necropsias das vítimas do incêndio. Até o momento, tinham sido ouvidos peritos de outras áreas.

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Os médicos responderam, basicamente, a questões do advogado Jader Marques, defensor de Elissandro Spohr, ex-sócio da casa noturna e réu no processo criminal por homicídio.

O defensor questionou não ter sido analisada a parte interna dos corpos durante a necropsia no dia da tragédia. Os três alegaram que a medida foi adotada diante da quantidade de vítimas, procedimento que seria previsto em grandes catástrofes.

Marques também levantou dúvida sobre a causa da morte das vítimas (atestadas nos laudos dos peritos como por asfixia por gases tóxicos), mesmo nos casos em que as amostras se mostraram prejudicadas ou nos exames cujos resultados mostraram índices baixos de monóxido de carbono e cianeto.

Sobre isso, um dos médicos legistas disse que, pelas características externas e das cavidades oral e nasal feita nos corpos das vítimas que ele analisou, era possível determinar a mesma causa de morte. E que os exames laboratoriais corroboraram com a necropsia. Porém, em um ambiente de incêndio e confinamento outros fatores contribuem para os óbitos por asfixia, como falta de oxigênio, edemas causados pela aspiração de gases tóxicos e pelo próprio calor do ambiente. Disse ainda que não é possível determinar o quanto letal é a combinação dos dois gases.

Hoje ocorre a última sessão desta rodada de depoimentos. Caso não haja mais pedidos das defesas dos réus, o juiz que conduz o processo, Ulysses Fonseca Louzada, deve avaliar se há necessidade de outros procedimentos e de uma reconstituição no local da tragédia.

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Depois, devem ser marcado os interrogatórios dos acusados. A expectativa do magistrado, que tem dedicação exclusiva para os processos da Kiss, é que isso ocorra até o final deste ano.

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